Queridos amigos que nos acompanham!, boa noite!, hoje foi um dia agitado aqui na CasaCaos; tarde de preparativos e ensaios para a Escape e, aproveitamos a deixa do nosso querido Derson - que passou a tarde conosco se preparando para a apresentação, para lhe fazer algumas perguntinhas sobre sua performance Jambo Elétrico. Yes! Então, aproveitem para conferir um pouco do que a Escape From Zebu prepara para nós, abaixo a entrevista:
Querido amigo e agregado Derson, primeiramente gostaria de agradecer a parceria com a +Casa Caos para a Escape From Zebu, pra gente é muito importante ter você nessa empreitada! Gratidão por se dedicar conosco... e... vamos à entrevista!
Como surgiu essa descoberta do projeto Jambo Elétrico?
Primeiro, meu envolvimento com o Xamanismo e as culturas espiritualistas, que valorizam o contato com a Natureza e o meio ambiente, e depois, o povo indígena, o qual minha família tem descendência. Nesse processo, surgiu o Jambo Elétrico como um Espírito da Natureza.
E eu me perguntei "Que mensagem este espírito tem para as pessoas, tem para os amigos?"
E eu me perguntei "Que mensagem este espírito tem para as pessoas, tem para os amigos?"
Aliado a tudo isso, tem o aspecto artístico e performático. Um espetáculo que tem um pouco de pop, Michael Jacksson, Mariah Carey, Lady Gaga... essa coisa graciosa do espetáculo pop. E, musicalmente, a proposta artística é muito próxima do que é chamado socialmente de democratização, o que opõe à eletização das músicas, à ideia de que só o que vem da elite é música boa e o que a favela produz é ruim ou de baixa qualidade.
O resultado do projeto é uma grande antropofagia, em que Lady Gaga compõe com Heitor Villa Lobos e Ari Barroso, eles estão na mesma montagem que uma cantora do pop eletrônico londrino!
O resultado do projeto é uma grande antropofagia, em que Lady Gaga compõe com Heitor Villa Lobos e Ari Barroso, eles estão na mesma montagem que uma cantora do pop eletrônico londrino!
Como está sendo essa imersão nesse processo, você poderia nos contar um pouquinho dessa experiência?
O processo vem acompanhado, principalmente, de estudo. Não da montagem do ato perfomático, porque, na verdade, ele é muito simples, mas, sobretudo, ao que diz respeito ao treino vocal e ao treino corporal, que é a dança. O que venho percebendo são novas potencialidades e novas formas do modus operandi do meu processo artístico.
Eu tenho ficado mais receptivo a novas tendências e ao fluxo.
O que você pensa ser o mais importante do seu trabalho?
É onde ele mostra a Arte; a performance, o jogo cênico, a música, todos os níveis de expressões artísticas como algo que não está cativo à mídia - que detém uma prescrição do que é ser artista. Nesse ponto, esse trabalho é muito pretensioso e muito próximo das massas. Esse trabalho quer estar perto das massas, mesmo ele não sendo exatamente o que a massa espera; ele se revela como uma ponte, uma abertura, entre o que é considerado uma arte alternativa e uma arte midiática.
O que quero mostrar para as pessoas é que as pessoas podem fazer Arte, mesmo não sendo uma Lady Gaga, ou mesmo um Móveis Coloniais de Acaju.
Por último, gostaria de saber o que mudou ou moveu em você depois desse projeto e, ainda, qual é a sua perspectiva para o futuro.
Sobretudo a mudança principal é a crença na minha própria capacidade. A certeza de que não há limites para o fazer artístico e que cada obstáculo, se trabalhado, pode ser superado.
Para o futuro, espero poder fazer um trabalho artístico que ainda carregue muito do espetáculo e que cada vez mais tenha um aspecto agregador, unificador, dos variados estilos e tipos musicais e as variadas linguagens artísticas. Acima de tudo, um trabalho que se aproxime das massas numa arte próxima das mesmas e que, ainda assim, não perca o seu aspecto crítico e reflexivo.
A CasaCaos agradece, Derson, a entrevista e o tempo dedicado para tal, e gostaria de saber se deseja colocar mais alguma coisa.
Sim! Espero que todos prestigiem e estejam abertos para as experiências que o pocket show irá proporcionar!
@jubnx
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